As ações de empresas do setor varejista registravam forte queda na manhã desta quinta-feira (12.dez.2024), repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25%, durante reunião realizada na véspera.
A autoridade monetária também indicou a possibilidade de mais dois aumentos da mesma magnitude, ampliando as preocupações sobre os impactos no consumo e nos investimentos.
Desempenho das Ações
Às 11h17 AM (horário de Brasília), os principais papéis do setor apresentavam as seguintes quedas:
- Carrefour (BVMF:CRFB3): –9,93%, cotado a R$ 6,08.
- Assaí (BVMF:ASAI3): –8,35%, cotado a R$ 5,93.
- Magazine Luiza (BVMF:MGLU3): –6,73%, cotado a R$ 8,58.
- Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3): –5,91%, cotado a R$ 2,40.
- Renner (BVMF:LREN3): –4,56%, cotado a R$ 13,80.
- Marisa (BVMF:AMAR3): –3,88%, cotado a R$ 0,99.
- Americanas (BVMF:AMER3): –4,49%, cotado a R$ 8,50.
- Azzas (BVMF:AZZA3): –3,59%, cotado a R$ 32,77.
Impacto dos Juros no Setor Varejista
O aumento da taxa Selic tende a pressionar empresas do setor varejista, que possuem alta sensibilidade ao custo de crédito. Juros mais elevados reduzem o poder de consumo da população e desestimulam investimentos, além de impactar empresas endividadas, especialmente small caps (companhias de menor capitalização de mercado).
“Com a Selic subindo para 12,25%, as empresas varejistas enfrentam maior custo de capital, dificultando a gestão de suas dívidas e freando o consumo em um ambiente de crédito mais caro,” avaliam analistas.
Dados Positivos do Varejo em Outubro
Apesar da pressão no mercado de ações, os dados de vendas no varejo divulgados nesta manhã pelo IBGE apresentaram crescimento acima das expectativas:
- Vendas em outubro: +0,4% ante setembro (com ajuste sazonal).
- Acumulado do ano: +5,0%.
- Acumulado em 12 meses: +4,4%.
Embora o setor tenha mostrado resiliência em outubro, o cenário macroeconômico desafiador deve manter os investidores cautelosos em relação às empresas varejistas no curto prazo.