O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, refutou nesta segunda-feira, 6, uma reportagem publicada pelo jornal The Washington Post que afirmou que seus assessores estariam explorando a possibilidade de impor tarifas de importação limitadas a setores considerados críticos.
Trump negou a veracidade da matéria em publicação na plataforma Truth Social:
“A matéria do Washington Post, citando as chamadas fontes anônimas, que não existem, afirma incorretamente que minha política tarifária será reduzida. Isso está errado. O Washington Post sabe que está errado. É apenas mais um exemplo de Fake News.”
Reportagem sugere moderação tarifária
De acordo com a publicação do The Washington Post, citando três fontes anônimas, a equipe de Trump estaria discutindo a aplicação de tarifas de importação para todos os países, mas restritas a setores essenciais para a segurança econômica ou nacional. Essas propostas, caso implementadas, marcariam uma mudança significativa em relação às promessas de campanha do presidente eleito.
Durante sua campanha em 2024, Trump prometeu impor uma tarifa de 10% sobre todas as importações para os Estados Unidos e uma tarifa específica de 60% sobre produtos chineses. Especialistas em comércio têm alertado que essas medidas podem gerar retaliações, aumentar custos e prejudicar os fluxos comerciais.
A reportagem do Post sugere que as discussões atuais estariam focadas em setores-chave, como a cadeia de suprimentos de defesa, que incluiria tarifas sobre aço, ferro, alumínio e cobre. Outros setores mencionados seriam o de suprimentos médicos essenciais, como seringas, agulhas e materiais farmacêuticos, além de produção de energia, incluindo baterias e minerais de terras raras.
Resposta de Trump e contexto
A publicação de Trump na Truth Social reiterou seu compromisso com as tarifas amplas, prometidas durante sua campanha, acusando o jornal de divulgar informações falsas baseadas em fontes inexistentes.
Trump assume a presidência em 20 de janeiro e, até lá, as discussões sobre sua política tarifária seguem em andamento. Não há, no entanto, clareza sobre quais setores seriam abrangidos pelas tarifas, segundo a matéria do The Washington Post.