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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira um aumento significativo das tarifas sobre as importações de aço e alumínio, elevando a alíquota para 25%, sem exceções ou isenções. A decisão, que visa fortalecer a indústria nacional, eleva as tensões comerciais globais e pode provocar retaliações de parceiros comerciais.

Nova Estrutura Tarifária e Impactos Imediatos

 

Trump assinou proclamações que aumentam a tarifa do alumínio de 10% para 25% e eliminam todas as isenções e cotas que vinham sendo aplicadas a diversos países.

Com a medida, importações de aço e alumínio do Canadá, Brasil, México, Coreia do Sul e outros países que antes estavam isentas de tarifas voltarão a ser tributadas integralmente.

Uma autoridade da Casa Branca confirmou que as novas tarifas entram em vigor no dia 4 de março.

Justificativa da Casa Branca e Posicionamento de Trump

 

Ao justificar a medida, Trump afirmou que as tarifas anteriores eram complexas e cheias de brechas:

“São 25% sem exceções ou isenções. Isso vale para todos os países, não importa de onde venham.”

O presidente também mencionou a possibilidade de conceder uma isenção à Austrália, mas não se comprometeu com uma decisão imediata.

Além disso, Trump planeja estender as tarifas para produtos que utilizam aço importado, elevando os custos de bens manufaturados nos EUA, incluindo automóveis e máquinas industriais.

Novas Tarifas Contra a China e a Rússia

 

As medidas também incluem restrições a importações de metais chineses e russos minimamente processados, endurecendo ainda mais a postura contra os dois países.

“As tarifas de aço e alumínio 2.0 acabarão com o dumping estrangeiro, estimularão a produção doméstica e garantirão que nunca mais dependamos de nações estrangeiras nesses setores essenciais.”
Peter Navarro, assessor comercial de Trump

Impactos para Parceiros Comerciais e Retaliações

 

A imposição das tarifas pode desencadear represálias de países afetados, incluindo China, Brasil, México, Canadá e União Europeia.

Quando questionado sobre possíveis retaliações, Trump minimizou os riscos e declarou que não se importa com as reações internacionais.

Ainda esta semana, o presidente prometeu anunciar novas tarifas sobre carros, semicondutores e produtos farmacêuticos, o que pode ampliar ainda mais o impacto da medida.

Reação da Indústria Norte-Americana

 

A decisão foi bem recebida pela indústria siderúrgica dos EUA, que vinha pressionando o governo para um endurecimento das regras.

“Aplaudimos o presidente por acabar com as exclusões, exceções e cotas. Esses dados eram baseados em um cenário ultrapassado.”
Philip Bell, presidente da Associação dos Fabricantes de Aço

Histórico das Tarifas de Aço e Alumínio

 

As tarifas sobre metais foram introduzidas por Trump pela primeira vez em 2018, sob uma lei de segurança nacional da Guerra Fria. Posteriormente, isenções e acordos de cotas foram concedidos a Canadá, México, Austrália, Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Reino Unido, Japão e União Europeia.

O ex-presidente Joe Biden manteve grande parte da política tarifária, mas negociou novas cotas isentas para aliados estratégicos. Agora, Trump reverte essa flexibilização e reforça sua política de protecionismo comercial.

Com as tarifas elevadas e um cenário de guerra comercial em expansão, os próximos dias devem ser marcados por reações de parceiros comerciais e novos desdobramentos na política econômica global.