Os mercados reagiram positivamente nesta segunda-feira (20) à segunda posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Investidores estão otimistas com a perspectiva de uma agenda pró-negócios, mas permanecem cautelosos quanto às políticas comerciais protecionistas do novo governo, especialmente relacionadas às tarifas.
Alta nos índices de Wall Street
Durante o discurso de posse, os futuros de ações em Wall Street mostraram ganhos sólidos:
- S&P 500: +0,4%
- Nasdaq: +0,5%
- Dow Jones: +0,4%
Apesar do otimismo, o dólar apresentou depreciação antes da posse, refletindo sinais do governo de que novas tarifas não seriam impostas no primeiro dia de mandato.
James Reilly, economista sênior de mercados da Capital Economics, destacou a expectativa de maior valorização do dólar e das ações dos EUA no primeiro ano de Trump:
“Embora suspeitemos que um bom grau de volatilidade ainda persistirá, acreditamos que este será um ano de recuperação.”
Agenda ambiciosa e impactos no mercado
Trump assume o cargo com planos abrangentes que incluem:
- Reformas comerciais
- Repressão à imigração
- Cortes de impostos
- Flexibilização de regulamentações, incluindo no setor de criptomoedas
Essas medidas já têm impulsionado determinados setores, como o bancário e o de ativos digitais. As criptomoedas, em particular, mostraram volatilidade, com o Bitcoin caindo para US$102.756, após atingir mais de US$107.000 durante o dia.
“A incerteza ainda é o principal tema. Todos estão atentos para ver se as ameaças tarifárias se tornarão realidade ou serão usadas apenas como manobra de negociação,” comentou Sam Stovall, estrategista-chefe da CFRA Research.
Riscos e desafios
Embora os mercados mostrem otimismo inicial, analistas alertam para possíveis pressões inflacionárias geradas por tarifas e controles mais rígidos sobre imigração. Essas questões podem impactar negativamente os preços dos títulos e de ações em determinados setores.
O índice S&P 500, que já acumula alta de 2,7% desde a vitória eleitoral, teve ganhos reduzidos após liquidações no início de janeiro, em meio a temores de inflação.