Pix por aproximação será lançado em 28 de fevereiro, ampliando opções de pagamento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltará a despachar do Palácio do Planalto na próxima segunda-feira, 6, após semanas afastado devido a um sangramento intracraniano. O retorno ocorre em um momento de turbulência no mercado financeiro e sob expectativa de definições sobre a reforma ministerial e o impasse nas emendas parlamentares.

 

Recuperação e volta ao trabalho

 

Lula foi internado em 9 de dezembro e transferido para São Paulo, onde passou por duas cirurgias. Após alta no dia 15, permaneceu em recuperação até o dia 19, dividindo-se entre o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto. Durante o período, realizou reuniões de trabalho em ambos os locais.

 

Impasse das emendas

 

As emendas parlamentares seguem travadas devido à falta de acordo entre o STF e o Congresso. No final de 2024, o ministro Flávio Dino liberou apenas R$ 370 milhões para gastos obrigatórios em saúde, deixando a maior parte dos recursos bloqueada por questões de transparência. O impasse levou deputados e senadores a não votarem a Lei Orçamentária Anual, aumentando a tensão entre os Três Poderes.

 

O tema será um dos desafios do presidente, que deve retomar o diálogo com as lideranças do Congresso. Sua última agenda no Palácio do Planalto, em 9 de dezembro, foi uma reunião com os presidentes do Senado e da Câmara sobre essa pauta.

 

Pressão do mercado financeiro

 

A relação do governo com o mercado financeiro enfrenta desgaste. Em dezembro, a isenção de Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, anunciada junto a medidas de contenção de despesas, ampliou as críticas. O dólar fechou a R$ 6,16 na quinta-feira, 2.

 

Apesar de Lula declarar que considera as preocupações do mercado exageradas, ele sinalizou em um almoço com ministros, em 20 de dezembro, que busca reduzir as tensões com operadores financeiros. Além disso, gravou um vídeo ao lado do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmando o respeito à autonomia da instituição.

 

Reforma ministerial em pauta

 

Lula também indicou a possibilidade de mudanças no primeiro escalão do governo no primeiro semestre de 2025, com foco nos resultados das eleições municipais de 2024 e na nova configuração do Congresso. A expectativa é de que a reforma ministerial fortaleça o campo político lulista para as eleições presidenciais de 2026.

 

A troca no Ministério da Comunicação Social é vista como iminente, com Paulo Pimenta possivelmente sendo substituído por Sidônio Palmeira, publicitário responsável pela campanha de Lula em 2022.