Brasil segue vulnerável e dólar pode atingir R$ 6,50 em 2025, avalia Macquarie

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,39% em novembro, levemente acima da projeção de 0,37% esperada pelo mercado, mas abaixo da taxa de 0,56% registrada em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

No acumulado do ano, o índice registra alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima dos 4,76% observados até outubro.

 

Destaques do IPCA de Novembro

 

De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado por fatores como a mudança na bandeira tarifária de energia elétrica e promoções de Black Friday, que contribuíram para a deflação em seis dos nove grupos analisados.

 

Grupos com Maior Variação:

 

  • Alimentação e Bebidas: +1,55% (maior impacto no índice geral).
  • Transportes: +0,89%.
  • Despesas Pessoais: +1,43%.

 

Grupo com Maior Impacto Negativo:

 

  • Habitação:1,53%, liderado pelo recuo nas tarifas de energia elétrica.

 

Análises de Especialistas

 

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, destacou a influência de fatores sazonais e externos:

 

“A mudança na bandeira de energia elétrica e a Black Friday levaram à deflação de seis dos nove grupos do IPCA.”

 

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, apontou pressões inesperadas no setor de serviços:

 

“Os serviços apresentaram uma pressão maior do que prevíamos, embora essa dinâmica dificilmente tenha surpreendido o mercado.”

 

Cenário Econômico

 

Apesar do resultado um pouco acima do esperado, o IPCA segue dentro da meta de inflação estipulada pelo Banco Central para 2024, reforçando a expectativa de continuidade no atual ciclo de política monetária.

 

A próxima divulgação do IPCA será em janeiro, quando o IBGE apresentará os dados consolidados de dezembro e o fechamento do índice anual.