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A inflação nos Estados Unidos registrou um avanço maior que o esperado em janeiro, pressionando as expectativas para a política monetária do Federal Reserve (Fed). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,5% no mês, acima dos 0,3% projetados pelo mercado e dos 0,4% registrados em dezembro.

Com isso, a inflação acumulada em 12 meses acelerou de 2,9% para 3,0%, conforme divulgado pelo Departamento de Trabalho nesta quarta-feira, 12 de fevereiro.

Detalhes da inflação em janeiro

 

  • Alimentos: Alta de 0,4%, impulsionada pelo aumento de 1,9% no grupo carnes, aves, peixes e ovos, com destaque para a disparada de 15,2% nos preços dos ovos.

 

  • Energia: Avanço de 1,1%, impulsionado pelo aumento de 1,8% nos preços da gasolina.

 

  • Núcleo da inflação (que exclui alimentos e energia): Subiu 0,4%, acima das expectativas de 0,3%, e acelerou de 3,2% para 3,3% na base anual.

 

Entre os itens que pressionaram o núcleo da inflação, destacam-se:

  • Seguros de veículos

 

  • Recreação

 

  • Veículos usados

 

  • Assistência médica

 

  • Comunicação

 

  • Passagens aéreas

 

Reação do mercado financeiro

 

A inflação acima do esperado impactou negativamente os mercados, aumentando a incerteza sobre o início dos cortes de juros pelo Fed.

Às 10h35 (de Brasília), os índices futuros operavam em queda:

  • Nasdaq 100 Futuros: -1,02%

 

  • S&P 500 Futuros: -0,95%

 

  • Dow Jones Futuros: -0,94%

 

  • Ibovespa Futuros: -1,07%

 

  • Dólar frente ao real: +0,19%, cotado a R$ 5,7745

 

Para a Vital Knowledge, os dados foram “claramente negativos”, e a consultoria avalia que o mercado terá sorte se conseguir apenas um corte de 25 pontos-base em 2025.

Impacto na política monetária do Federal Reserve

 

A inflação mais alta reforça a cautela do Federal Reserve em relação à flexibilização da política monetária.

O presidente do Fed, Jerome Powell, discursou ao Congresso nesta semana e ressaltou que não há pressa para cortes na taxa de juros, uma vez que a inflação segue persistente.

“Sabemos que reduzir a restrição monetária muito rápido ou em excesso pode comprometer os avanços no combate à inflação”, afirmou Powell.

Outro fator monitorado pelo mercado é o efeito das tarifas comerciais do governo dos EUA sobre a inflação. O presidente Donald Trump anunciou recentemente taxações contra a China e sobre produtos como aço e alumínio, medidas que economistas avaliam como inflacionárias.

De acordo com analistas do Bank of America (BofA):

“A grande questão é se as mudanças na política econômica afetarão as expectativas de inflação de longo prazo.”