ONU eleva previsão do PIB global para 2025, mas corta a do Brasil para 2,3%

O Ibovespa iniciou a semana em alta, acompanhando a valorização dos futuros acionários nos Estados Unidos. O movimento é impulsionado por esperanças de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, adote uma abordagem mais moderada em suas políticas tarifárias, conforme sugerido em uma reportagem do The Washington Post.

 

Às 11:00 AM, o principal índice da bolsa brasileira subia 1,19%, aos 119.947,76 pontos, registrando máxima de 120.058,64 pontos e mínima de 118.533,98 pontos até o momento. O volume financeiro somava R$ 2,8 bilhões no pregão.

 

Impulso externo e local

 

A reportagem do The Washington Post indica que assessores de Trump estariam considerando tarifas globais mais focadas em setores críticos para a segurança econômica e nacional dos EUA. Esse sinal de moderação está animando os mercados globais, reduzindo temores de guerras comerciais que poderiam impactar negativamente a economia global.

 

No Brasil, o mercado repercute uma pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central, que elevou as projeções para a Selic ao final deste ano, de 14,75% para 15,00%. Também houve revisões para a inflação, com o IPCA projetado em 4,99% para 2025, acima do teto da meta.

 

Setor de serviços em destaque

 

Dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global mostraram que o setor de serviços no Brasil teve, em dezembro, o menor crescimento de 2024. O relatório apontou uma demanda mais fraca e custos de insumos subindo no ritmo mais acelerado em dois anos e meio. Apesar disso, analistas destacam o otimismo do mercado com o cenário externo como principal fator de alta no Ibovespa.

 

Harrison Gonçalves, sócio da CMS Invest, comentou que “o Ibovespa hoje deve retomar o nível de liquidez após o período de festas”, referindo-se às semanas com baixa atividade devido aos feriados de fim de ano.

 

Destaques do dia

 

Entre os principais movimentos de mercado:

  • VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,64%, mesmo com a queda de 2,21% nos preços do minério de ferro na Bolsa de Dalian, China.
  • PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) caía 0,3%, apesar da alta de 0,33% no petróleo Brent, que era cotado a US$ 76,76 por barril.
  • ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançava 2,78%, liderando ganhos no setor bancário, seguido por BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) (+1,79%) e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) (+0,76%).
  • ENEVA ON (BVMF:ENEV3) tinha alta de 5,56%, beneficiada pela alteração de regras para leilões de reserva de capacidade anunciada pelo Ministério de Minas e Energia.
  • AZUL PN (BVMF:AZUL4) disparava 10,67%, acumulando o sexto pregão consecutivo de alta, após confirmar um acordo para reduzir débitos em R$ 1,8 bilhão.

 

Nova carteira do Ibovespa

Nesta segunda-feira, entrou em vigor a nova composição teórica do índice, que permanecerá até 2 de maio. As ações da Marcopolo PN (BVMF:POMO4) (+2,31%) e Porto Seguro ON (BVMF:PSSA3) (+2,19%) foram adicionadas, enquanto os papéis da Eztec (BVMF:EZTC3) e Alpargatas (BVMF:ALPA4) foram retirados.