Pix por aproximação será lançado em 28 de fevereiro, ampliando opções de pagamento

O dólar iniciou a sexta-feira em queda frente ao real, acompanhando o movimento nos mercados globais, após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicaram uma abordagem mais moderada em relação à política comercial do país. A moeda norte-americana ampliava as perdas da semana, acumulando recuo de 2,6%.

 

Às 9:34 AM, o dólar à vista era negociado a R$ 5,9064, em queda de 0,32%. Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,24%, cotado a R$ 5,920.

 

Moderação de Trump e impacto no dólar

 

As últimas sessões foram marcadas pelo foco nas declarações e planos econômicos do novo presidente dos EUA. Durante a campanha, Trump prometeu tarifas agressivas, incluindo uma taxa de 60% sobre importações chinesas. No entanto, em uma entrevista recente à Fox News, ele adotou um tom mais conciliador, afirmando que prefere buscar acordos comerciais justos com a China, em vez de implementar barreiras tarifárias de imediato.

 

Esse posicionamento mais moderado reduziu a pressão sobre o dólar, permitindo uma correção após ganhos recentes.

“Essa semana foi marcada por um enfraquecimento do dólar devido à postura mais branda de Trump sobre tarifas de importação”, destacou Leonel Mattos, analista da StoneX.

 

Cenário global e moedas concorrentes

 

No exterior, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, recuava 0,50%, a 107,600. A decisão do Banco do Japão de elevar sua taxa de juros de 0,25% para 0,5% também contribuiu para fortalecer o iene, tornando-o mais atrativo para investidores.

 

Na próxima semana, os mercados estarão atentos às reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu. O Fed deve manter os juros inalterados, enquanto o BCE é esperado para reduzir sua taxa, o que pode impactar ainda mais a dinâmica cambial.

 

Cenário doméstico

 

No Brasil, o foco recai sobre dados de inflação e a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O IBGE divulgou nesta sexta-feira o IPCA-15 de janeiro, que subiu 0,11%, acima da expectativa de queda de 0,03%. Em 12 meses, o índice chegou a 4,50%, exatamente no teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central.

 

Na quarta-feira, o Copom deve anunciar um aumento de 1 ponto percentual na Selic, elevando a taxa básica de juros de 12,25% para 13,25% ao ano, em um esforço para controlar as pressões inflacionárias.