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O dólar iniciou a quarta-feira em queda frente ao real, refletindo o movimento global de desvalorização da moeda norte-americana. A falta de medidas concretas na política comercial dos Estados Unidos e as especulações sobre possíveis anúncios de novas medidas fiscais no Brasil estão entre os principais fatores para o recuo.

 

Às 9:34 AM, o dólar à vista caía 0,3%, cotado a R$ 6,0130. Durante o início da sessão, a moeda chegou a ser negociada abaixo de R$ 6,00 pela segunda vez no ano. Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento recuava 0,19%, a R$ 6,025.

 

Política comercial de Trump sob escrutínio

 

Os mercados continuam atentos aos movimentos iniciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente renovou ameaças de tarifas sobre importações, mas sem ações concretas até o momento.

 

Na véspera, Trump afirmou que poderia aplicar tarifas de 10% sobre produtos chineses e prometeu atingir a União Europeia com medidas semelhantes. Contudo, a falta de implementação imediata resultou em um enfraquecimento do dólar globalmente.

 

“Essa abordagem de ameaçar antes de implementar medidas concretas tem contribuído para o enfraquecimento do dólar”, disse Leonel Mattos, analista da StoneX.

 

O índice do dólar (DXY), que mede a força da moeda frente a uma cesta de seis divisas, caiu 0,16%, para 107,970, atingindo os menores níveis em três semanas.

 

Cenário doméstico

 

No Brasil, o início do ano continua com foco no cenário fiscal. O governo avalia a necessidade de novas medidas para equilibrar as contas públicas após a aprovação de propostas de contenção de gastos no final de 2024.

 

O secretário do Tesouro Nacional declarou em entrevista que um balanço está em andamento para determinar se medidas adicionais serão necessárias para atingir as metas fiscais deste ano.

 

“O principal receio do mercado segue sendo a capacidade do governo em manter o compromisso com o equilíbrio fiscal, o que aumentou as incertezas desde o final do ano passado”, apontaram analistas.

 

Perspectivas

 

Apesar das preocupações, a ausência de ações agressivas por parte do governo norte-americano e a possibilidade de medidas fiscais adicionais no Brasil podem trazer algum alívio ao mercado. Contudo, a volatilidade deve permanecer elevada enquanto os investidores aguardam mais clareza sobre os próximos passos dos governos dos EUA e do Brasil.