A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, atingindo o menor nível da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice superou o recorde anterior, registrado em dezembro de 2013, de 6,3%, consolidando-se como o mais baixo da história recente.
Principais Dados da Pesquisa
- Taxa de desemprego: 6,2%
- População desocupada: 6,8 milhões (menor desde 2014)
- População ocupada: 103,6 milhões (novo recorde)
- Taxa de ocupação: 58,7% (maior da série histórica)
- Empregados com carteira assinada: 39 milhões (+5% em relação a 2023)
- Empregados sem carteira assinada: 14,4 milhões (+8,4% no ano)
- Trabalhadores informais: 40,3 milhões
Detalhamento do Emprego
A população ocupada atingiu 103,6 milhões, puxada por setores como indústria, construção e serviços. A taxa de ocupação alcançou 58,7%, a maior já registrada.
“A produção industrial foi impulsionada por confecções de vestuários, reflexo da demanda sazonal de fim de ano. Além disso, construção e serviços pessoais também contribuíram de forma significativa,” explicou Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE.
O número de trabalhadores com carteira assinada subiu para 39 milhões, um aumento de 1,2% no trimestre. Já os sem carteira chegaram a 14,4 milhões, com alta de 3,7% no período.
A taxa de informalidade ficou em 38,9%, indicando estabilidade frente ao trimestre anterior (38,7%) e ligeira queda em relação ao mesmo período de 2023 (39,1%).
Força de Trabalho e Subutilização
O total da força de trabalho foi estimado em 110,4 milhões, enquanto 66,1 milhões de brasileiros permaneceram fora do mercado, por não estarem em busca de emprego ou disponíveis para trabalhar.
A população subutilizada, que inclui desocupados, subocupados e pessoas fora da força potencial, caiu para 17,8 milhões, recuo de 4,6% em relação ao trimestre anterior e de 10,8% no ano.
A população desalentada, composta por brasileiros que desistiram de procurar trabalho, ficou em 3 milhões, o menor nível desde abril de 2016.
Rendimento e Massa Salarial
O rendimento médio habitual foi estimado em R$ 3.255, estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.230) e com alta de 3,9% na comparação anual.
A massa de rendimentos alcançou R$ 332,6 bilhões, crescendo 2,4% no trimestre e 7,7% em relação ao ano anterior.
Perspectivas
Com o desemprego no menor nível da história, os dados refletem uma melhora sustentada do mercado de trabalho, impulsionada pelo crescimento em setores-chave e pela expansão de empregos formais e informais.
No entanto, desafios permanecem na redução da informalidade e na elevação do rendimento médio para garantir maior inclusão econômica.