O Banco Central realizou sua primeira intervenção cambial sob a gestão do novo presidente, Gabriel Galípolo, com a venda de US$2 bilhões em dois leilões de linha realizados nesta segunda-feira (20). As operações ocorreram pela manhã e incluíram compromisso de recompra, informou a autarquia.
Detalhes dos leilões
- Leilão A: Realizado das 10h20 às 10h25, o BC aceitou três propostas, totalizando US$1 bilhão, com data de recompra em 4 de novembro de 2025 e taxa de corte de 5,851%.
- Leilão B: Realizado das 10h40 às 10h45, a autarquia aceitou duas propostas, também somando US$1 bilhão, com recompra prevista para 2 de dezembro de 2025 e taxa de corte de 5,879%.
Ambas as operações foram baseadas na taxa de câmbio Ptax das 10h, que registrava 6,0781 reais.
Contexto das operações
Os leilões de linha são instrumentos comuns utilizados pelo Banco Central para suprir demanda de moeda estrangeira, especialmente em períodos de maior pressão cambial. No mês passado, o BC já havia vendido US$32,6 bilhões ao mercado em operações de linha e vendas à vista, refletindo a disparada do dólar no final de 2024.
A alta do dólar ocorreu após a reação negativa do mercado ao anúncio de um pacote de contenção de gastos e da proposta de reforma do Imposto de Renda. Esses fatores aumentaram as preocupações com o controle fiscal do governo.
Impacto no mercado
As vendas realizadas pelo Banco Central ajudaram a conter a valorização do dólar. Às 10h59, o dólar à vista recuava 0,31%, sendo negociado a 6,0465 reais.