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O Brasil inicia 2025 com o novo salário mínimo fixado em R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao ano anterior. Este reajuste reflete a reposição de 4,84% da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em novembro de 2024, além de um ganho real de 2,5%, conforme anunciado pelo governo federal.

 

Nova Política de Reajuste

 

O reajuste segue a regra aprovada pelo Congresso Nacional, vinculando os aumentos aos limites do arcabouço fiscal, válido entre 2025 e 2030. A norma atual prevê ganhos reais de 0,6% a 2,5% ao ano, substituindo o modelo anterior, que considerava a inflação somada à variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

 

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o critério anterior refletia um ganho adicional de 3,2%, o que foi substituído por uma abordagem mais conservadora para equilibrar finanças públicas e crescimento econômico sustentável.

 

Impacto na População

 

O aumento do salário mínimo afeta diretamente cerca de 59 milhões de brasileiros, entre eles:

 

  • Empregados formais;
  • Trabalhadores autônomos;
  • Empregados domésticos;
  • Beneficiários do INSS (19 milhões de aposentados e pensionistas).

 

Outros impactos incluem:

 

  • 4,7 milhões de cidadãos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
  • 7,35 milhões de trabalhadores que solicitaram seguro-desemprego;
  • 240 mil beneficiários do abono salarial do PIS-Pasep.

 

Implicações Econômicas

 

A nova política de reajuste tem implicações significativas para as contas públicas. Segundo a Tendências Consultoria, a abordagem poderá economizar R$ 110 bilhões até 2030, com uma economia inicial de R$ 2 bilhões em 2025.

 

Entre 2003 e 2017, o Brasil registrou um crescimento real de 77% no salário mínimo, acima da inflação. Contudo, esta política foi interrompida entre 2018 e 2022, realinhando-se com critérios mais restritivos.

 

Perspectivas Futuras

O novo critério de reajuste busca equilibrar o poder de compra dos trabalhadores com a sustentabilidade fiscal. O impacto será monitorado ao longo dos anos, avaliando se a política atinge seus objetivos de melhorar o bem-estar social sem comprometer a estabilidade econômica.

 

A continuidade desta política dependerá de sua eficácia em gerar ganhos reais para os trabalhadores, ao mesmo tempo em que preserva o equilíbrio das contas públicas.