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A indústria do alumínio no Brasil está em alerta diante da nova tarifa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre as importações do metal, anunciada nesta semana pelo governo de Donald Trump. O setor teme que a medida desvie fluxos internacionais de exportação, aumentando a concorrência desleal no mercado interno e pressionando os preços.

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) reforçou nesta terça-feira (11) a necessidade de o Brasil adotar mecanismos de defesa comercial para evitar que o país se torne um destino de despejo para produtos que perderem espaço nos EUA.

Impacto nas Exportações Brasileiras

 

Os Estados Unidos são um dos principais destinos das exportações de alumínio do Brasil. Em 2024, o país norte-americano absorveu 17% das vendas externas do setor, movimentando cerca de US$ 267 milhões do total de US$ 1,5 bilhão exportado pelo Brasil.

Com a imposição das tarifas, os produtores brasileiros podem enfrentar restrições no acesso ao mercado norte-americano, ao mesmo tempo em que aumentam as importações de produtos estrangeiros no Brasil a preços reduzidos, como alerta a Abal:

“Além dos impactos na balança comercial, preocupa ainda mais os efeitos indiretos associados ao aumento da exposição do Brasil aos desvios de comércio e à concorrência desleal.”

A associação teme que países que perderem acesso ao mercado dos EUA redirecionem sua produção para o Brasil, inundando o mercado com alumínio a preços depreciados e prejudicando a competitividade da indústria nacional.

Defesa Comercial e Resposta do Brasil

 

Diante desse cenário, a Abal defende medidas de proteção para a indústria nacional, como:

  • Monitoramento do fluxo de importações para evitar práticas de dumping.

 

  • Adoção de salvaguardas comerciais para conter a entrada de produtos a preços abaixo do mercado.

 

  • Reforço da política de defesa comercial para garantir que o Brasil não se torne um destino de excedentes globais de alumínio.

 

O setor também cobra posicionamento do governo brasileiro, especialmente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para evitar prejuízos à produção local.

A imposição da tarifa pelos Estados Unidos faz parte da política protecionista de Trump, que busca fortalecer a produção interna de aço e alumínio no país. A medida entrará em vigor no dia 12 de março, podendo impactar as cadeias globais de suprimentos e alterar os fluxos de comércio internacional.

O Brasil, que já enfrentou restrições comerciais no passado, agora avalia os próximos passos para mitigar os impactos dessa nova rodada de tarifas sobre sua economia.