O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,10% em novembro na comparação com outubro, superando a expectativa de estabilidade. O indicador é uma referência importante para acompanhar o desempenho econômico do Brasil.
Dados detalhados
Na comparação trimestral, o índice teve um acréscimo de 0,89% frente aos três meses anteriores, já considerando os ajustes sazonais. Comparado a novembro de 2023, o IBC-Br apresentou uma alta significativa de 4,11% na série sem ajuste sazonal. No acumulado dos 12 meses até novembro, o crescimento foi de 3,58%.
O Banco Central revisou os dados dos meses anteriores:
- Outubro: ajustado de 0,14% para 0,09%.
- Setembro: revisado de 0,88% para 0,73%.
- Agosto: alterado de 0,30% para 0,28%.
Divergências e análise
Apesar da alta do IBC-Br, os números contrastam com os dados divulgados pelo IBGE, que indicaram queda em setores importantes, como:
- Varejo ampliado: recuo de 1,8%.
- Volume de serviços: retração de 0,9%.
“Os indicadores mais relacionados ao consumo das famílias apresentaram desempenho negativo, o que sugere cautela na interpretação do IBC-Br,” avaliou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
A discrepância entre os dados levou a Nova Futura a revisar sua projeção para o PIB do quarto trimestre de 2024, que deve crescer 0,3%, fechando o ano com uma expansão estimada de 3,3%.