A ampliação das sanções dos Estados Unidos à Rússia pode gerar impactos significativos na oferta e distribuição de petróleo, conforme apontado no relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE). As novas medidas incluem restrições às produtoras russas Gazprom Neft e Surgutneftegas, além de sanções a 183 embarcações que transportaram petróleo russo. A iniciativa visa limitar os recursos financeiros utilizados por Moscou para sustentar sua operação militar na Ucrânia.
Impactos globais e incertezas
O mercado segue atento às consequências dessas sanções, especialmente no que diz respeito à retirada de petróleo russo do mercado global. Os principais compradores do país, como China e Índia, poderão ser forçados a buscar fornecedores alternativos, o que pode desestabilizar os fluxos globais de petróleo.
Além disso, a AIE destacou que há especulações sobre uma postura mais rígida da administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em relação às exportações de petróleo do Irã. Isso pode intensificar os efeitos das restrições já impostas pelo Tesouro norte-americano sobre Teerã.
“Embora seja cedo para avaliar completamente os impactos, alguns operadores já começaram a se afastar do petróleo iraniano e russo”, afirmou a agência.
Estoques e suporte ao mercado
Para mitigar possíveis quedas na oferta, a AIE apontou que os estoques globais de reserva podem ser mobilizados rapidamente para atender às necessidades de curto prazo, caso as sanções ou eventos como condições climáticas adversas impactem significativamente o fornecimento.
Os preços do petróleo têm subido nos últimos dias, com o barril do Brent ultrapassando os US$ 80 devido às sanções, ao clima frio e à redução dos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos, maior consumidor mundial do produto.
Preços atuais
Às 7:30 AM de Brasília, o petróleo Brent registrava alta de 0,10%, sendo negociado a US$ 80,03 por barril, enquanto o barril do West Texas Intermediate (WTI) subia 0,24%, a US$ 76,53.