O dólar iniciou a segunda-feira, 13, em alta frente ao real, acompanhando a fraqueza das moedas emergentes no exterior. Contudo, a moeda norte-americana perdeu força ao longo da manhã, em meio à valorização do petróleo e do minério de ferro, que sustentaram a recuperação de divisas ligadas a commodities.
Às 9:57 AM, o dólar à vista recuava 0,02%, sendo cotado a R$ 6,1012. Após alcançar a mínima de R$ 6,0777 (-0,40%), a moeda chegou à máxima de R$ 6,1367 (+0,56%) antes de ajustar. O contrato futuro para fevereiro caía 0,12%, cotado a R$ 6,1205.
Cenário global
A aversão ao risco no mercado internacional foi impulsionada pelo relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll), que revelou números robustos. Esse dado reduziu as apostas de que o Federal Reserve flexibilizará a política monetária ao longo deste ano. Além disso, os rendimentos curtos e médios dos Treasuries continuam em alta, refletindo o sentimento de cautela dos investidores.
As atenções globais estão voltadas para os dados de inflação ao produtor (PPI), que serão divulgados na terça-feira, e ao consumidor (CPI), previstos para quarta-feira. Esses índices podem trazer novos sinais sobre os próximos passos do Fed.
Impacto no mercado doméstico
No Brasil, o relatório Focus divulgado nesta manhã pelo Banco Central apontou um aumento na mediana das expectativas para a inflação suavizada dos próximos 12 meses, subindo de 4,96% para 5,01%. As projeções para 2025 e 2026 também foram ajustadas levemente para cima, enquanto a estimativa para 2027 avançou de 10% para 10,25%.
A taxa Selic permanece projetada em 15% para 2025 e 12% para 2026, com o Banco Central indicando que a inflação brasileira pode levar mais de 30 meses para convergir ao centro da meta de 3%. Esse cenário foi detalhado na carta aberta enviada ao Ministério da Fazenda na última sexta-feira, justificando o descumprimento da meta de inflação em 2024.
Destaques do dia
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, participa de uma live promovida pela Bradesco (BVMF:BBDC4) Asset às 10:00 AM, com foco nas perspectivas para a política monetária e inflação no Brasil.