ONU eleva previsão do PIB global para 2025, mas corta a do Brasil para 2,3%

O dólar abriu a terça-feira em queda frente ao real, ampliando as perdas da véspera, à medida que investidores mantêm o otimismo sobre uma abordagem mais moderada do governo de Donald Trump em relação às tarifas de importação. O mercado também está atento à divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos.

 

Às 9:42 AM, o dólar à vista recuava 0,49%, cotado a R$ 6,0845. Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,49%, a R$ 6,111.

 

Otimismo sobre tarifas

 

O mercado ainda repercute a reportagem do The Washington Post, publicada na segunda-feira, sugerindo que assessores de Trump estão discutindo tarifas focadas apenas em setores críticos. Apesar de Trump ter negado a veracidade da notícia, a expectativa de uma abordagem menos agressiva continua sustentando o alívio dos mercados.

 

Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou em baixa de 1,11%, cotado a R$ 6,1143. Analistas destacam que declarações recentes de Trump, mostrando maior abertura em temas como imigração e relações com a China, também contribuíram para a queda da moeda norte-americana.

 

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, comentou:
“Hoje vemos uma continuidade do que se observou ontem, com um alívio marginal de que Trump não será agressivo em relação às tarifas. É o ponto de maior nervosismo em relação ao presidente eleito.”

 

O índice do dólar (DXY), que mede a força da moeda frente a uma cesta de seis divisas, recuava 0,14%, cotado a 108,160.

 

Fatores externos e internos

 

Os preços do petróleo em alta nesta sessão também favorecem moedas de mercados emergentes, como o real, já que países exportadores de commodities se beneficiam do movimento.

 

Mais tarde, às 12:00 PM, os investidores estarão atentos à divulgação de dados de vagas de emprego em aberto nos EUA para novembro. Esses números são considerados cruciais para avaliar a saúde do mercado de trabalho e estimar a política de juros do Federal Reserve (Fed). A expectativa é de que o banco central mantenha os juros inalterados em sua próxima reunião, em meio a uma inflação ainda acima da meta e uma economia resiliente.

 

No Brasil, o IBGE informou que os preços ao produtor subiram 1,23% em novembro, pressionados principalmente pelos alimentos. Além disso, o mercado aguarda os dados de arrecadação federal para novembro, que serão divulgados às 10:30 AM.

 

O cenário fiscal brasileiro continua no radar, com investidores preocupados com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas. Analistas alertam que sem uma melhora clara na questão fiscal, movimentos de valorização do real tendem a ser temporários.

 

Agenda do dia

 

Além dos dados econômicos, o mercado acompanhará às 1:30 PM uma entrevista ao vivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no programa Estúdio I da GloboNews. A fala pode trazer novos sinais sobre as diretrizes econômicas do governo.