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O dólar à vista apresentou leve baixa nesta quinta-feira (02/01), marcando o início de 2025 com ajustes técnicos e influência da alta nos preços do petróleo. A moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 0,22%, cotada a R$ 6,1651.

 

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17h15, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caiu 0,11%, sendo negociado a R$ 6,197.

 

Pressões externas e internas

 

Durante a manhã, o dólar chegou a subir ante o real devido ao cenário fiscal incerto no Brasil e à força da moeda norte-americana no exterior. Este movimento refletiu novos dados do Departamento de Trabalho dos EUA, que informou uma queda nos pedidos de auxílio-desemprego para 211 mil na última semana, abaixo da expectativa de 222 mil.

 

O mercado interpretou os dados como mais um sinal de resiliência da economia norte-americana, levando operadores a consolidarem expectativas de que o Federal Reserve manterá os juros inalterados em janeiro, sustentando o apelo do dólar globalmente.

 

O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho frente a uma cesta de seis moedas, subia 0,75%, cotado a 109,340.

 

Cenário doméstico e ajuste técnico

 

No Brasil, o dólar atingiu a máxima da sessão, R$ 6,2281 (+0,79%), às 9h38, refletindo o pessimismo do mercado em relação ao compromisso fiscal do governo. Contudo, a moeda recuou no início da tarde, atingindo a mínima de R$ 6,1515 (-0,45%) às 13h58, em meio a ajustes técnicos e a influência da alta de 2% nos preços do petróleo.

 

O especialista em câmbio Thiago Avallone, da Manchester Investimentos, destacou que “o dólar estava muito alto nas últimas sessões, e a correção veio acompanhada pela alta do petróleo, que favorece as moedas de mercados emergentes.”

 

Perspectivas para o real

 

Apesar da baixa de hoje, analistas permanecem cautelosos em relação ao real, especialmente diante das incertezas fiscais e do início do governo Trump nos EUA, que pode reacender tensões comerciais globais.

 

“O cenário fiscal do Brasil continua pressionado, e isso afeta diretamente a nossa moeda. Sem um compromisso claro com os gastos, o real deve permanecer enfraquecido”, apontou Avallone.

 

Em dezembro, o dólar acumulou alta de 3% frente ao real, totalizando um salto de 27,36% no ano. O fluxo cambial do Brasil em dezembro até o dia 27 foi negativo em US$ 24,314 bilhões, segundo dados do Banco Central.