Haddad defende ações do BC e Tesouro contra especulação e foco fiscal do governo

O dólar apresentava leve oscilação nesta terça-feira, com investidores cautelosos à espera do anúncio de um pacote de medidas fiscais pelo governo brasileiro. O mercado também reagia aos dados de inflação divulgados no Brasil e às novas tarifas anunciadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

Movimentação do Dólar no Mercado

 

Às 9h50 AM, o dólar à vista recuava 0,13%, cotado a R$ 5,7961 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar de primeiro vencimento caía 0,24%, negociado a R$ 5,789.

 

O mercado nacional permanece atento à demora na divulgação das medidas de contenção de despesas prometidas pelo governo após o segundo turno das eleições municipais. O adiamento tem gerado estresse contínuo entre os investidores.

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que as últimas pendências em torno do pacote foram resolvidas junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o governo divulgará as medidas ainda nesta semana.

“O mercado está em compasso de espera, aguardando o anúncio do pacote. A queda na abertura é modesta, refletindo essa cautela,” explicou Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

 

Bergallo destacou ainda o “limite psicológico” em torno de R$ 5,80, ressaltando que investidores geralmente realizam lucros quando o dólar atinge esse patamar.

 

Dados de Inflação no Brasil

O IBGE informou que o IPCA-15 subiu 0,62% em novembro na comparação mensal, superando a expectativa de alta de 0,48%. Em 12 meses, a inflação ficou em 4,77%, acima do teto da meta do Banco Central, de 4,5%.

 

Cenário Externo

 

No mercado internacional, o dólar operava em forte queda, com o índice da moeda norte-americana recuando 0,74%, a 106,550. Essa movimentação ocorreu após Trump anunciar tarifas de 25% sobre importações de México, Canadá e produtos chineses.

 

Apesar das recentes oscilações, o dólar acumulou alta de quase 3% desde a vitória eleitoral de Trump, impulsionado por expectativas de inflação mais alta nos EUA e aumento nos rendimentos dos Treasuries.